sábado, 30 de agosto de 2008

A minha morte

Vi o ato da minha morte,
a saudade passando devagar,
os olhos parados ante ao destino,
a terra sobre o amor, o amor meu.

Hoje é noite de um mês qualquer,
dia do meu renascimento,
viajei entre nuvens poderosas,
como imortal que sou, morri de paixão.

Tenho asas à volta do meu corpo magro,
ouço ainda os gemidos daqueles sem amor,
meu pensamento vai e volta do coração,
antes chegar ao céu confesso ao vento.

Hoje me sinto um velho monge,
não muito velho e não muito monge,
é a saudade do amor que faz assim...
e a lágrima desliza o rosto frio...

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