No século passado, tu chegaste,
Em noite friorenta, do meu lado,
Entre sisudo e tímido, pousaste,
O beijo doce por mim desejado...
Guardei no meu baú, e não pensaste,
Que tinha sido tão acalentado.
Pois cultivei, banhando cada haste,
No mais profundo d'alma, com cuidado!
É dele que lembrei em todas as horas.
Que seguiram-se àquela, mais feliz.
Foi sempre a minha doce cicatriz!
Hoje alguém me pergunta: - Porque choras?
É bom que saibas que foste o culpado...
Meu pranto é por não mais teres voltado!
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