A poça d'água refletiu meu rosto,
Naquela tarde, após a chuva ida,
E eu, naquela imagem refletida,
Quedei-me pasmo ao ver tanto desgosto.
"Por que ?"- Pensei - " Morreu o meu sorriso,
Por que deixei eu de entoar canções,
Por que sumiram as minhas ilusões,
Se hoje tenho mais do que preciso?"
E assim a meditar, fui caminhando,
E, de repente, numa casa olhando,
Uma menino avistei, rindo a correr.
E compreendi, então, porque sofria:
É que a criança que em mim vivia,
Eu expulsara sem nem perceber.
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