Escondeu-se felicidade,
ferindo sem maldade,
rasurando sol
em sépia tintura,
face pura em beleza roubada.
Assim meio do nada,
de lábios casto calou palavras,
que não soube indagar um por que.
Em pálido esboço
trazia no rosto ,sorriso sem graça
em aceno de até depois.
Não foi assim tão breve a espera,
e a inquietude que dominava
impunha incomodo aceitar.
Perdera-se entre seus brinquedos,
sentindo medo
por não saber voar.
Rogou na simples prece,
outras asas, alvas plumas
não tão belas quanto as dos anjos.
E na discórdia com Deus,
só por um dia esqueceu oração.
Coração relatou em suplicas e louvor,
cantou a dor pedindo perdão.
Senhor traz pra mim liberdade
que a primavera guardou
em sonolência.
Calendário de inválidos dias,
transferindo fases da lua,
lá na rua,
paisagem nua.
Menino dilacerou assombros do silencio,
levou entonação em fissura,
buscando despertar,
no místico mistério.
Preces de inacabado mendigar,
seu lugar em apagado jardim,
sonho de amor
dissipado prismas de um
outubro sem cor.
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