sábado, 13 de outubro de 2007

OUTUBRO SEM COR

Escondeu-se felicidade,

ferindo sem maldade,

rasurando sol

em sépia tintura,

face pura em beleza roubada.



Assim meio do nada,

de lábios casto calou palavras,

que não soube indagar um por que.



Em pálido esboço

trazia no rosto ,sorriso sem graça

em aceno de até depois.

Não foi assim tão breve a espera,

e a inquietude que dominava

impunha incomodo aceitar.



Perdera-se entre seus brinquedos,

sentindo medo

por não saber voar.



Rogou na simples prece,

outras asas, alvas plumas

não tão belas quanto as dos anjos.

E na discórdia com Deus,

só por um dia esqueceu oração.



Coração relatou em suplicas e louvor,

cantou a dor pedindo perdão.

Senhor traz pra mim liberdade

que a primavera guardou

em sonolência.



Calendário de inválidos dias,

transferindo fases da lua,

lá na rua,

paisagem nua.



Menino dilacerou assombros do silencio,

levou entonação em fissura,

buscando despertar,

no místico mistério.



Preces de inacabado mendigar,

seu lugar em apagado jardim,

sonho de amor

dissipado prismas de um

outubro sem cor.

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