terça-feira, 18 de setembro de 2007

Janelas do amor

Guardei a solidão em uma caixa escura,

depois liguei a luz da vida,

acesas ficaram madrugadas e dias,

até quando bateram a porta do meu corpo.





Antes, abri uma janela do lado,

outro antes, sorri e senti o riso d'alma quente,

olhei os olhos d'outro amor que chegou,

ainda assim, parei um dia e uma noite.





Deixei que o horizonte tingisse de ouro,

a boca vermelha de batom manchasse meus lábios,

corri as mãos sobre teu corpo vestido de ontem,

e desnudei, sobrou paixão e mais nada.





Abri frestas por entre as portas dos meus dias,

não roguei para que ficasse um dia sequer,

escolheu partir antes da lua e voltou...

Assim é amor, quando solto aparece mais cedo.





Abri as janelas, as portas, os olhos brilharam,

a boca falou do beijo antes do amor,

é, fizemos amor por amar, amor por amor,

e ficamos escancarados vida adiante.

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