quinta-feira, 18 de março de 2010

Proibido

Que proíbam o dia, a luz,
a noite inteira de amor,
a metade da lua cheia,
o prazer regado a suor.


Que proíbam as janelas
e gritem sem parar,
que me acordem pelos ouvidos,
com jeito mais simples de amar.


Que proíbam dos corpos,
as entregas, os jeitos de rua,
que proíbam os beijos,
passeios a mão na pele nua.


Que proíbam os sexos
do jeito mais impiedoso,
detenham os olhos, o desejo,
e o prazer sobreviverá corajoso.


Que proíbam os delírios,
a luz que cega o amante,
esfriem a carne, parem o toque,
o sonho não ficará menos distante.


Que proíbam, não importa o quê,
continuo a cada hora, a cada instante,
caminhando cada corpo, cada sexo,
pronto de amor e prazer aliciante.

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