Paredes brancas e nuas
Tão pálidas!
Horas que não passam
Dores que nunca se findam
No corpo largado e definhando.
O olhar perdeu o brilho
A pele descorada
O sonho que se despede aos poucos
Sem vontade sonhar!
A vida se esconde pelos cantos
Tentando fugir!
Gritos doloridos e cortantes
Estórias cravadas em tristezas
Mordendo de leve cada momento.
Um silêncio que se espalha por dentro
Pensamentos que divagam
Em infinitos delírios que se confundem
Uma despedida que ensaia sem parar
Juntamente com o adeus que ronda de tempo em tempo.
Do tanto... restou tão pouco
Só lembranças cravadas na carcaça inerte
Tão desprovida de vontades agora.
Implora por mais uma centelha
Mas a chama parece não se importar
E apaga lentamente.
Olhos que cerram diante do nunca mais
Lábios selados para o eterno
Depois da ultima lágrima escorrida
Dizendo que já se faz hora
Mesmo que não se queira.
É assim a rotina das paredes tão frias
Das agulhas cravadas na pele calejada.
Uma dor que nunca se acaba
Enquanto os passos titubeiam
No tremor do corpo enfermo.
Poucos escaparão das garras da noite
Só alguns não dirão adeus
Raros se livrarão dos braços da saudade
Sem ter que ir embora de vez.
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