quinta-feira, 18 de março de 2010

FALANDO A RESPEITO DE CARINHO E CONSIDERAÇÃO

Temos que entender que não é apenas o ato físico de se acarinhar alguém que pode ser chamado de carinho, eis que mais importante do que o carinho físico, é o carinho moral. É aquele apoio certo dado na hora certa, quando dele se necessita, e logicamente, quando ao carinho, se junta a consideração, que empresta sinceridade ao carinho, que assim não será algo feito mecanicamente, por obrigação.



E como é importante que ambos caminhem juntos, e pode-se dizer que existem de fato, quando o carinho é sincero, e, nesse caso, claro que tem haver a consideração em igual dosagem.



É muito fácil fazer um carinho, mas para que ele realmente seja sentido, é necessário que exista um real sentimento de afeição, de amizade, que é mesmo mais importante do que o amor propriamente dito, principalmente quando esse amor é um amor possessivo, egoísta, quando nos sentimos mais proprietários do que parceiros, quando não admitimos que o objeto de nosso amor tenha qualquer sentimento de carinho para com outras pessoas. Quando o relacionamento está nesse nível, os carinhos feitos não são sentidos com sinceridade. Um carinho para ser sincero, tem que passar a idéia de que o estamos fazendo apenas para agradar a quem amamos, e não com a idéia de marcar a posse, de mostrar que “somos donos de seu corpo e de sua vontade”, assim como os animais marcam seu território com sua urina.



Realmente não é por aí. O amor para ser bem vivido e sentido, não pode ser exclusivista. Temos que admitir que a pessoa que amamos, também pode ter sentimentos de amor ou de amizade para com outras pessoas. Temos que saber dividir, pois existem diversos tipos de amores. E o verdadeiro amor não prende, pelo contrário, deixa o sentimento de liberdade, pois o mais importante não é “termos” o amor de alguém, mas sim, de “sentirmos” esse amor, ou ainda, de “sermos” o amor desse alguém a quem amamos, de sentirmos que nossa companhia é-lhe agradável, que nosso amor é desejado, que nossos carinhos são bem recebidos. Jamais poderemos exigir a reciprocidade de nosso amor, mas sim esperar que nosso amor seja correspondido.



Precisamos saber conquistar esse amor, e antes de tudo, saber conquistar sua amizade, seu carinho, sua confiança. Saber respeitar seu espaço, para que o nosso também o seja. Essa é a real base para que o amor perdure, para que o relacionamento seja não só duradouro, mas também prazeroso. De que nos valerá ter uma companhia que apenas nos teme, ou que não nos deseja realmente? De que nos valerá saber que esse alguém a quem amamos apenas “está” a nosso lado, mas não sente prazer em nossa companhia? De que nos valerá ter essa posse transitória de um corpo, quando a alma está longe?



É importante lembrar uma mensagem de L’Inconnu sobre esse assunto:



Viva e deixe viver... É mais importante conceder o direito à vida e ao espaço, do que impormos o nosso... Permita que sua parceria respire em liberdade, e o ar ficará mais puro e mais agradável para ser respirado em conjunto...”



Quando conseguirmos conquistar a amizade e a confiança, estaremos prontos para conquistar o amor desejado. Quando soubermos respeitar o espaço e os direitos de liberdade de quem amamos, estaremos prontos para obter a reciprocidade de nosso amor.



Quando, finalmente, soubermos que os carinhos que fazemos estão sendo realmente sentidos, e que existe um sentido de consideração de parte a parte, estaremos prontos para viver um amor por muito tempo, cumprindo o famoso “até que a morte nos separe...”

É com este sentimento que desejo a todos e a você em particular, UM LINDO DIA.

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