segunda-feira, 8 de março de 2010

Desejos de vida

Um dia consegui alimentar meu sentimento,
fechei os olhos e nela confiei minhas vontades,
joguei um punho no ar e me dei liberdade,
era importante preencher o vazio que restava.


A vida não me dá direito a retornos,
o sol é um pedaço deste calor que carrego,
o trovão veio da raiva que explodiu a solidão,
senti um tanto feliz, agora, depois dela.


Quantas vezes odiei olhar o telefone,
minha vida estava desligada e muda, como ele,
conversei com minhas paredes noite afora,
estranho ninguém ouvir meus gritos de socorro.


Sou metade do amor que hoje carrego,
continuo a caminhada em busca do resto de prazer,
quero beijos que me incendeiem a alma,
algumas vezes sonhei fazer amor apenas por paixão.


Inventei um grande jardim no meu quarto,
meu lado da cama, sol, do dela, uma lua imensa,
as janelas algumas mostram noite, outras amanhecer,
meu alimento é o amor, que prende e me dá vida.

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