segunda-feira, 22 de junho de 2009

Solidão

No mar que extravaso sou destino,
jogando com o sonho imperfeito,
batendo nas portas erradas,
mostrando-me impotente de amar.

Sou rosto de homem e mais nada,
carrego vida fria e vazia,
não me querem, vou embora,
sigo mar, adentro ondas frias de noites.

Não quero vingança,
sou brisa de uma manhã deserta,
imperfeito a cada café da manhã,
sentindo palavras geladas pelo corpo.

Ouço gritos noutra revolta de solidão,
quero e vingo do meu corpo,
separo sonhos e roupas velhas,
jogo-os ao mar e volto solidão.

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