domingo, 16 de novembro de 2008

Uma cigana também chora...

Uma cigana valente... Também chora...
Chora o tempo cruel que debruça sobre ela,
Chora a falta de sensibilidade que aflora...
Lamenta não haver mais humildade sincera...

Uma cigana sonhadora sofre, sofre demais...
Por saber que jamais será compreendida...
Vendo que o amor se perde em coisas banais,
Que a sinceridade nada mais vale nesta vida...

Uma cigana também em lágrimas se desmancha,
Ao sentir que ninguém dá valor ao que vem da alma,
Cujos valores... A visão não vê... Nem alcança...
Mas que ao coração fortalece... Aquece e acalma...

Uma cigana amistosa... Uma cigana graciosa,
Também chora... Chora quando nasce o dia...
E dele... Não mais ouve a sinfonia melodiosa,
Só o tirano desencanto... Faz-lhe companhia!...

Uma cigana... Chora... Lamenta e se fecha...
Qual uma concha ferida com a sua pérola...
Dança sorridente, garbosa em todas as festas.
Mas jamais haverá alegria... Nos olhos dela!...

Sem comentários: