segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A SOCIEDADE E A DOENÇA

No fundo porque sofremos, para termos
em nós, a consciência, de que estamos vivos?
E seria preciso o sofrimento, corpos padecendo,
quantas vezes, até ao resto de seus dias,
para sabermos, que há vida, concretizando
matéria e mente?

Infelizmente tudo isso são perguntas sem resposta.
Pois que, de um momento, para o outro, somos
atingidos pela tragédia, e não tem medicação ou
medicina, que nos salve.

No entanto, tenho plena consciência, que a mente
tudo comanda, e se nos agarrarmos à sua força,
se acreditarmos, que ela tudo pode, muitas doenças,
podem ter aí seu epílogo definitivo.

No entanto, há doenças, que nem a força da mente,
consegue combater. E quão triste é, ver uma pessoa,
trabalhar uma vida inteira, para depois, na hora da
paz, onde usufruir de descanso e alegria, seria apanágio,
como que vinda do nada, a maldita da doença vir tolher,
toda a graça e vivacidade, com que as pessoas, sempre
trouxeram a seu lado.

O mais triste é que depois temos de recorrer a hospitais,
velhos, sujos, mal pintados, onde impera o frio, porque
nem ar condicionado existe, para os que padecem, de mil
dores, esperando em alas intermináveis, escutar enfim
seu nome, para preencher requisitos, voltando a esperar,
que, finalmente, um médico os chame, para escutar
seus padecimentos, na vã esperança, de poderem ajudar.

Acontece, que muitos poucos, são os médicos, que se
interessam verdadeiramente, pelos seus doentes, passando
tempo com eles, escutando-os e anotando tudo, de
sorriso no rosto, tranquilizando as pessoas, e, com seus
conhecimentos, ajudarem da melhor forma, essas gentes.

Só que valemos muito pouco ou nada, para gastarem dinheiro
e atenção devida e especializada, para com os nossos doentes,
quantas das vezes, cobaias vivas, para a ignorância, da medicina.

Porque sofremos então, e, a vil doença, nos atinge,
se já deixamos de viver, a partir desse mísero instante?

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