terça-feira, 18 de novembro de 2008

Saudade

A saudade passa rasteira pela noite de dormir,

abre os olhos arregalando até a alma,

o eterno fica pequeno, como se fosse um dia,

a distancia longe, como um ano rouba a calma.





Os sons passam pelo ouvidos sem ouvir,

as vozes dançam eufóricas nas lembranças,

a pressa da volta que não chega tão cedo,

no peito as batidas são como coração de crianças.





Meu sorriso se mistura as palavras frias,

é saudade que fica escondida no meio do amor,

sou carne, mas de nada vale sem outro desejo,

é como beijo que fora da boca não tem sabor.





Lembrar-te-ei com as mãos a fome de prazer,

com a boca, o beijo que a saudade apagou,

juntos, quero corpos, prazeres de juntar calor,

paixão que distante a saudade nunca apagou.

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