É possível que nossa vida componha-se de quatro estações existenciais, assim como se fora as quatro estações do ano,
composta pela primavera, verão, outono e inverno,
com uma marcante diferença, ou seja, quando as estações existenciais de nossa vida são inversamente opostas às estações do ano.
Assim, a nossa vida tem início no inverno da existência, passando pelo outono fecundo, quando atravessamos aquela fase da criação,
do amadurecimento, seguindo para a fase do aquecido verão existencial.
Aí é onde entramos na fase da estiagem e passamos apenas a viver com o cultivo das fases anteriores.
São as fases das lembranças, das contemplações e recordações.
Depois adentramos aquela fase mais linda, a fase da primavera da vida.
É a idade das flores, do belo, dos sonhos e das lindas cores.
Essa é a fase que nos tornamos novamente criança. Quando a inteligência nos aflora com mais nitidez e a compreensão da vida é mais bela, é mais cheia de sonhos, repleta de ideais.
Nessa fase damos cores a tudo que vemos e absorvemos no coração mais amores.
Tornamo-nos crianças envaidecidas por amar e ao mesmo tempo,
somos adultos, por que soubemos tanto a fase do amor esperar.
Essa é a estação da vida, que em nossa vida torna-se mais objetiva,
na própria subjetividade,
porque os abstratos não são apenas o impalpável, mas se tornaram sólidos e visíveis, tanto quanto o sentir invisível do amor.
Essa é a fase primaveril, é a estação das flores e dos sonhos em plena puberdade da existência cobrindo nossa existência com o lençol colorido da felicidade.
É quando na alma floresce o verdadeiro amor.
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