segunda-feira, 17 de novembro de 2008

LEMBRANDO QUE FOMOS CRIANÇAS

Isto não deveria acontecer, mas nossa memória sofre certos lapsos incríveis, e existe uma coisa que normalmente costumamos nos esquecer, à medida que vamos crescendo, e que nunca deveriamos olvidar, é que um dia fomos crianças, e que foi um tempinho bom demais. Pelo menos para muitos de nós, que pudemos viver uma infancia normal, ou quase.
Acontece que à medida que o tempo vai passando e vamos crescendo, muitas modificações vão ocorrendo, não apenas no físico, como também na maneira de se encarar a vida, de se viver, e até que podemos concordar com a lógica de que deveremos sempre acompanhar a marcha do tempo e sua evolução. Apenas não deveremos deletar tudo o se passou, tudo o que fizemos na vida. Deveremos sempre nos lembrar de que já fomos crianças, que foi um tempo que realmente marcou nossa vida, alavancando nosso futuro, determinando nossa linha de conduta.
Em nossa infância encontramos a origem de nossa maneira de viver e encarar a vida.
A esse respeito, li um provérbio chinês muito elucidativo, e cheio de lógica.
"O grande homem é aquele que não perdeu a candura de sua infância."
É uma grande verdade, pois o que realmente estraga a vida de muita gente, é esquecer totalmente que um dia foi uma criança livre de preconceitos, inibições, e os famosos "não fica bem, você não é mais criança"... Tais preconceitos sempre nos bitolam, pois ficamos preocupados em não "parecer criança", e vamos nos esquecendo de viver alegre e descontraidamente. Pelo menos com a sinceridade espontânea das crianças, que gostam ou não das coisas e o dizem sincera e naturalmente.
Ora, crianças fomos, e crianças sempre seremos. A única diferença é que, quando somos fisicamente crianças, agimos com naturalidade sem aquela preocupação do "fica ou não fica bem". Sem a preocupação de procurar agradar certas pessoas que detestamos. Procuramos agradar apenas àquelas de quem gostamos.
Quer coisa mais linda e espontânea do que o sorriso de uma criança feliz? é bem diferente do que o sorriso que temos que dar quando o chefe conta aquela piada velha e besta que sempre contou. E vai por aí afora. As crianças não. Somente sorriem, quando estão com vontade. Agora uma coisa é certa, as crianças não sabem ainda observar os limites, aquela velha máxima, "de que seu direito termina onde começa o meu, e vice-versa". Isto sim, tem que lhes ser ensinado, para que não sejam aquelas detestáveis crianças birrentas e cheias de vontades e exigências, que quando chegam perto de nós, somos obrigados a avisar: se morder, eu chuto, pois existem crianças que são realmente detestáveis, e que aprenderam cedo demais a ser adultas...
Do que estávamos falando mesmo ? Ah!!! do quanto é bom conservarmos, com a sabedoria da idade, o espírito infantil de alegria e descontração. Basta sabermos observar o limite que demarca alegria e descontração, de uma irresponsabilidade total. Não podemos nos escudar em nossa jovialidade e alegria de viver para começar a agir irresponsavelmente. É necessário pelo menos, saber observar os limites que separam tais atitudes. Uma coisa é a candura, a inocencia de ser criança, outra coisa é a irresponsabilidade, e as maldades de crianças birrentas e mal educadas.
Realmente, dosando-se adequadamente as coisas, tornamos nossa vida muito agradável e gostosa de ser vivida, não esquecendo de que é o meio termo que é o ideal, nem excesso de espirito infantil, e muito menos excesso de espírito adulto. Basta ficar no meio termo.
E ainda sobra tempo e disposição para transmitir um pouco dessa alegria aos que estão à nossa volta. Sempre é agradável saber que se consegue transmitir o que se pode chamar de uma experiência alegre de vida. E isso faz muito bem para o espírito, prolonga a vida.
E com essas idéias na cabeça, desejo a todos UM LINDO DIA.

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