segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Como dois passarinhos

Como dois passarinhos,

nos escondemos no ninho,

em busca de equilíbrio,

na silenciosa eloquência

da noite calma e serena.

Não é fácil esquecer o

vicio da paixão,

preencher o vazio que nos

enche o coração de

desilusão.

Passada a tempestade

saímos voando lépidos,

voando pelas varandas coloridas

de nossos lábios

bebendo das fragrâncias vazadas

de nossos apaixonados corações.

Alçamos voo mais alto

e passamos por lugares

onde nos amamos e você

sussurrando: te amo, me

beija sem se importar

com o canto da cotovia,

ali a nos espreitar.

Nossos beijos de mel

atraem os beija-flores

que ali vão em busca de amores.

Contemplo os colibris

sugando os ares do céu

sugando nas flores o mel

para nos lábios da amada

suavemente depositar.

Sim, como dois passarinhos

saímos em alvorada

buscando o calor do sol

para aquecer nossa paixão

nos beijando, ouvindo

nossa preferida canção.

Esquecendo nossas rugas

que transformaram nossos

momentos em tristes

horas de amarga crise.

A chuva passou, e a

calmaria trouxe de volta a

paz e magia dos seus olhos

renovou minhas esperanças

de que foram apenas alguns

pingos de chuva, que

molharam nossa noite de amor.

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