de um punhado de silêncio,
quero o som
que vem de dentro;
o olhar obsequioso
e não de desdém.
Já chegam as dores
e tudo que com ela advém.
Não quero nada abjeto
e inconcreto!
Preciso sentir dos valores,
o calor de onde
verdadeiramente ele vem.
Das preciosidades,
o abraço de saudade
e nada de horrores
ou que soe falso!
Se não for isso,
hoje, não falem comigo!
Não me olhem!
E se realmente, não existo,
me ignorem!
Hoje é tudo que preciso!
Já chorei alto para não ouvir
minha revolta,
já mantive o choro abafo
para conter quem estava ao lado,
já dei muitas voltas
para não verem meu coração acelerado
e agora, descompassado,
sou uma pessoa que ri e chora..
Levem embora a fantasia,
meu coração estará fechado!
Como cultivar a lira
com o peito todo machucado?
Hoje,
completamente ferida,
busco guarida
depois de muito ter andado...
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