sexta-feira, 14 de novembro de 2008

ECOS DE MIM

Quando minha saudade transborda em agonia,

Meus gritos rocos alcançam o vento da histeria

Escalo os patamares da elouquência,

Estrangulo em meu peito as evidências

Fugindo das sombras de um passado...

Esse gemido sai de mim reverberado,

E percorre as mesmas sendas dos aflitos;

Soltos, meus ecos se repetem em gritos

Deixando marcas cruéis do som bradado,

Libertos se espalham, e quem ama

Entende porque lembro, e me chama

Aliviando em meu ser tal sofrimento;

Coloca sobre mim versos com letras comovidas,

Fortalecendo com amor em nuanças coloridas,

Ternurizando com suave dom meu pensamento.

E assim, transformo meus ecos na sintonia,

Modifico meu pensar, e em poesia

Deixo no ar o vibrante som canoro

Que corre e sonha sublime, sem adorno,

Pulverizando o mundo como vozes de alegria,

Brotando etéreo, em vasto cordel, na fantasia.

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