quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Balanceio

voando no balanço que me embala
ponho os pés no viés do horizonte

mas o açoite do empuxo do galeio
vem, me repuxa,
e eu já sem fala,
volto,
ainda que me amedronte...

mergulho rumo às nuvens no meneio,
corpo solto, num vertigo que avassala...

quanto tempo nessa lida?
há quem conte?
céu e terra, cara a cara...
eu no meio...

fecho os olhos
a sorver o que não cala...

Sem comentários: