Ah, meus dias de amarguras
Vivem onde a alma chora.
Pobres seres das clausuras,
Por que não me vão embora?
Por que o meu sol alargou
Em meio à cantiga triste,
Vendo um sonho, que acordou
Caminhar, se não existe!?
Aonde vais, ó coração
Quando um lugar te alimenta,
E opõe sentido e razão
No teu querer que se inventa?
Qual o tempo por achar?
Em que outra estrada os deixei?
Quem sabe dar alma ao mar,
Ou ser maior?... Eu não sei!
No tudo, declina a noite,
Descanse-me o mar também,
E só me desperte a fronte,
Noutro sonho,... mais além...
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