Ontem... Vi impiedosos poetas...
Poetas sem alma... Sem coração!
E senti vergonha de ser poeta...
Por ver tanto ódio... E maldição!
Ontem, chorei a mais pungente dor...
Poetas riam da dor alheia, da desgraça,
Sem uma ponta de remorso ou amor...
O erro alheio era-lhes motivo de graça!
Ontem... Vi poetas sem sensibilidade...
Cuspindo palavras amargas e venenosas.
Pondo para fora complexos... Vaidades.
Sem piedade ou uma atitude amorosa!!!
Que tempos são esses Senhor?
Que os poetas exaltam o desamor?
E permitem a violência do predador...
Sorrindo do irmão infeliz e sofredor?
Ontem, minha pena chorou tal aberração,
Minha poesia assustada... Ficou muda...
Diante de tão aviltante crucificação...
Por ver o quanto a maldade abunda!
Já não vale a pena a poesia erigir...
Não vale a pena ser bom e sincero...
Se o poeta fala de amor sem sentir...
Sua rima não é mais que impropério!
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