sábado, 27 de setembro de 2008

Senti vergonha de ser poeta

Ontem... Vi impiedosos poetas...
Poetas sem alma... Sem coração!
E senti vergonha de ser poeta...
Por ver tanto ódio... E maldição!

Ontem, chorei a mais pungente dor...
Poetas riam da dor alheia, da desgraça,
Sem uma ponta de remorso ou amor...
O erro alheio era-lhes motivo de graça!

Ontem... Vi poetas sem sensibilidade...
Cuspindo palavras amargas e venenosas.
Pondo para fora complexos... Vaidades.
Sem piedade ou uma atitude amorosa!!!

Que tempos são esses Senhor?
Que os poetas exaltam o desamor?
E permitem a violência do predador...
Sorrindo do irmão infeliz e sofredor?

Ontem, minha pena chorou tal aberração,
Minha poesia assustada... Ficou muda...
Diante de tão aviltante crucificação...
Por ver o quanto a maldade abunda!

Já não vale a pena a poesia erigir...
Não vale a pena ser bom e sincero...
Se o poeta fala de amor sem sentir...
Sua rima não é mais que impropério!

Sem comentários: