domingo, 28 de setembro de 2008

Quantas vezes

Quantas vezes procuro e não te encontro!
Naquele banco de jardim, que foi nosso
E hoje é só meu...
Ao passar a mão no teu lugar vazio
sinto um certo calafrio
E fico a pensar, se quem errou...
Terias sido tu, ou eu!?
Meu olhar mofino vagueia no espaço
Contemplando uma árvore
Que por perto, se encontra
em seu período outonal,
despida de toda a sua folhagem
que, durante o estio, lhe dava
maravilhosa aragem!
Também ela, num aspecto lúguebre,
veio compartilhar
na minha angústia
deixando projectar
através da ténue luz de um sol
no seu ocaso,
a sombra de seu tronco nu...
Que, mal se vê...
Mas que, mesmo débil,
ocupou o lugar
vazio...
Deixado por você!

Sem comentários: