Tenhas, talvez, na vida algum problema,
Que te prostra de alma lacerada;
Ou quem sabe um implexo dilema,
Vem amarra-te os pés na caminhada.
Teu pranto, ás vezes, rola às escondidas
E a multidão não ouve os teus gemidos;
Ninguém vem pra lenir tuas feridas
E nem falar de ajuda aos teus ouvidos.
No momento em que a dor te martiriza,
Fujam, quem sabe, o amigo, o pai, o irmão,
Justamente na hora em que precisas
De alguém que venha a te estender a mão.
Mesmo assim, deixas longe o abatimento:
Lutas com fé, coragem e persistência
Que lá do Alto azul do Firmamento,
Mensageiros de luz dão-te assistência.
Buscas na fé o lenitivo às dores
E, no amor, a paz ao coração;
Mostras no teu perdão aos ofensores,
Toda a bondade própria de um cristão.
Confia e ora - a prece reanima
E o trabalho é auxiliar precioso e raro,
E saberás que a própria dor ensina,
Que a ninguém Deus condena ao desamparo.
Mesmo sentindo a dor que te tortura,
Segue o dever que a vida te confia
E verás que após a noite escura,
Surge radiante a luz de um novo dia.
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