segunda-feira, 1 de setembro de 2008

AMOR VIRTUAL

Noites de insônia, amor de fantasia
faz-me vê-la e senti-la imaginada,
se for findar o sonho ao vir do dia
não quero que desponte a madrugada.

Pode esta figura surgir do nada,
num momento virar eternidade?
Pode ela amar sem nunca ser tocada,
só me deixando as sombras de saudade?

Pode essa efígie amada de verdade
fazer o sonho virar realidade,
permanecer distante na escondida?

Não pode... ninguém tem força bastante,
tê-la apenas qual lembrança distante,
relíquia de amor no abstrato da vida...

2

AMOR VERDADEIRO?!...

(Ângelo d’Ávila)

Aqui na Terra a vida é o ar que conta os anos,
o amor nunca nasceu, nunca contou idade,
vive sem respirar, faz parte dos enganos,
talvez que veio oculto lá da eternidade.

É como um pingo-d‘água maior que os oceanos,
tamanho do universo, maior que a imensidade,
mas verdadeiro aqui na Terra dos humanos
só depois que a tumba os transforma na saudade.

É como um sonho acordado da humanidade,
como o azul do céu que ninguém pegou jamais
e volta à mesma cor depois da tempestade.

O amor esconde a verdade de quem duvida,
não maltrata os seres mortais e os imortais,
mas é maltratado nas desgraças da vida.

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