domingo, 13 de janeiro de 2008

O que nasce tem de morrer

Vivendo na terra
Sou planta em flor
Flor a espera do calor
Do calor de sua boca
Boca que me faz renascer

O campo de batalha sangra
E a chuva fina canta
Enquanto os olhos avançam
Buscando o inimigo
Escondido entre as pedras

O corpo não quer falar
O grito não encontra saida
Mente e realidade
A loucura tem quatro ases
Na mesa de comando

A podridão cerca o lugar
O mal supremo joga os dados
A dor aperta a mão
A mão aperta a garganta
A morte exige um prêmio

A espada aumenta o braço
O braço cheio de ódio
Ódio a arma do homem
Quem pode ser o animal?
Quem pode ser as trevas?

O medo encarcerou a alma
Dentro de um jarro de barro
Restos de carne de porco
Reis mortos não governam
Não governam os céus

A mulher em oposição a criação
O saber não concebido
O nada que antecede o tudo
Causa e efeito
O destino dos cavaleiros esta selado

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