sábado, 13 de outubro de 2007

BREVE NOTA A QUEM ME LÊ

homem o que ao homem pertence,
Nem mais nem menos, que a justa medida.
Mas se ele nem a si próprio se vence,
Como dar-lhe minha mão aqui estendida?

Esconjuro toda a fé, que tanto traumatizou
O bom como o menos bom, em sua incongruência
Desmedida e infértil, que não tardou,
Em reclamar do justo, a sã e parca inocência.

Está tudo explicado pela ciência, ó senhores,
Ninguém ama o que não existe nem se vê…
Que me dizem a mim, os senhores doutores,

Que eu já não saiba? O homem é garante
De sapiência, quer o que lê e o que não lê,
Inda assim, insistem no verso, de turbante.

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