Quando, por momentos, me pareciam ser fechadas as janelas da vida,
eis que o sol se punha, como um astro, a mostrar-me que,
mesmo após noites tenebrosas, ele lá estaria a saudar-me, com sua luz, força e calor...
Quando alguém veio e roubou-me o amor, deixando-me sozinho entre lágrimas,
a caminhar pelas praias desertas, deparo-me com uma cachorrinha solitária como eu,
que passou a caminhar comigo longas distâncias,
logo me mostrando que ela, que pouco recebia de mim, ali se fazia presente,
a mostrar-me que o amor nada pede, mas que o amor dá antes de receber...
Quando me levantei e vi minhas tardes frias e sem cor, debrucei-me em minha sacada;
lá veio o pássaro multicolorido e frente a mim passou,
a oferecer-se a melodia que me renovou...
Quando frente às perdas definitivas para a senhora morte, achei que deveria desistir,
logo despontava à minha frente alguém a pedir-me socorro;
isto fazia-me ver que deveria aceitar e continuar minha estada na terra...
Quando me queixei da vida, logo a seguir pude ver alguém,
que mesmo em cadeira de rodas sorria;
Quando me ache, por fim, a última das pessoas,
convidado fui a ser voluntário de um asilo e lá pude ver como sou feliz e,
ainda, como posso fazer alguém sorrir...
Enfim, todas estas coisas chamadas, talvez, de dores,
me fizeram ver que existe algém que me quer: “ ele é Deus”!
Afinal, foi Ele, certamente, a mandar-me cada uma destas coisas,
que me fizeram renascer como Fênix!
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