segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

PRESENTE DIVINO

Esse amor tão profundo e verdadeiro

é o divino alimento de nossa vida...

Faz de nossa alma seu celeiro

e em nosso coração sempre tem guarida...

Chegou de manso, em preto e branco

e, num arroubo, tomou colorido...

É doce, terno, mas aguerrido...

Em segredo pode ser mantido,

mas não abre mão

de ser de nossa alma o pão;

de nosso corpo exangue,

o vinho, o sangue...

Do pé descalço, o tamanco,

o chinelo, a alpargata...

o sapato de couro ou seda do salão...

Nos veste de ternura,

nos suaviza o viver com tal doçura...

É roupa de gala, laço de fita, é gravata,

que nos envolve, enlaça,

nos interliga, sem prisão...

É amor de origem

de alma virgem

de qualquer encarnação...

Se achega, sem nada querer...

Vem, nos abraça,

abre a mente à intuição...

Desfralda bandeira,

demarca território,

sem limite nem beira...

Removê-lo é trabalho inglório...

Um amor presente

que se pressente

ser de Deus presente

à nossa humanidade...

Nossa eterna felicidade!

Sem comentários: