Esse amor tão profundo e verdadeiro
é o divino alimento de nossa vida...
Faz de nossa alma seu celeiro
e em nosso coração sempre tem guarida...
Chegou de manso, em preto e branco
e, num arroubo, tomou colorido...
É doce, terno, mas aguerrido...
Em segredo pode ser mantido,
mas não abre mão
de ser de nossa alma o pão;
de nosso corpo exangue,
o vinho, o sangue...
Do pé descalço, o tamanco,
o chinelo, a alpargata...
o sapato de couro ou seda do salão...
Nos veste de ternura,
nos suaviza o viver com tal doçura...
É roupa de gala, laço de fita, é gravata,
que nos envolve, enlaça,
nos interliga, sem prisão...
É amor de origem
de alma virgem
de qualquer encarnação...
Se achega, sem nada querer...
Vem, nos abraça,
abre a mente à intuição...
Desfralda bandeira,
demarca território,
sem limite nem beira...
Removê-lo é trabalho inglório...
Um amor presente
que se pressente
ser de Deus presente
à nossa humanidade...
Nossa eterna felicidade!
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