Deixo-me largar pelos dias
Na insípida vontade
Da morbidez vazia
Quase palpável, do extremo vazio.
Me calo
Engulo tudo isso
E embargo toda volúpia
Para cair no silêncio.
Não me perco
Nem me encontro
Não me encanto
Só fica o desalento.
E nada digo
Já que me encontro de braços abertos
De mãos vazias
E lábios selados.
O olhar nada diz
O corpo nada sente
Apenas permaneço anestesiado
Diante desse marasmo.
Nada muda
Nada acontece
Apenas o corpo inerte
O coração dilacerado.
A noite chegou
Me largo no leito
Sem ter os olhos molhados...
... A última lágrima já secou.
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