Ultimamente, viajo no abstrato,
falta-me a aura e a magia de poeta.
Há dias não me chega inspiração:
ela está seca, dorme, não desperta!
Talvez, os meus tantos dissabores,
na palidez constante do silêncio,
necessitam de sonhos nessas horas
e eles não vêm há bastante tempo.
O itinerário incerto de minhas letras
suspira como ondas nas borrascas,
navega frágil pelo branco do papel.
Tal qual lamento de um moribundo,
que se revolta diante da certeza,
e em silêncio, cede e clama ao céu.
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