sábado, 15 de novembro de 2008

QUANDO ALONGO OLHOS

Quando alongo olhos de horizonte,

percebo a pequenez da palavra pavio,

a complexidade do emaranhado de fios,

a amplitude das coisas sem dono

e a insensatez de vivermos com pressa.



Quando alongo olhos de cidade,

percebo a pequenez da palavra distância,

a complexidade da palavra conversa,

a frustração de acordar de um sonho

e descobrir que somos apenas humanos.



Quando alongo olhos de permanecer,

percebo a pequenez da palavra descrença,

a complexidade do ciclo das águas,

a “infinitude” da palavra caminho,

e reconheço que ainda há muito a aprender.

Sem comentários: