Carrega, como escombro,
O peso de cada ombro,
Um homem e seu caixão.
Sim! Não!
Passo a passo, o dia turva.
Encostado à vida curva,
Comprimindo a procissão.
Sim! Não!
E um som desamarrota,
Quando os pés viram cambota,
E mais cedo dormem ao chão.
Sim! Não!
Se o horizonte traz sobras,
A morte perpassa as rogas
De um rezador folião.
Sim! Não!
Vai para baixo, ao contrário!
Que nos salve o imaginário,
Céu, estendendo-nos a mão.
Sim! Não!
Procissão das pernas tortas,
A pensar-se gaivotas,
Sem nunca sair do chão!
Sim! Não!
Sim! Não!
Sim! Não!
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