Venhas tu com a boca molhada,
Desdenhar dos meus impulsos.
Mantenha a vontade entrelaçada,
Atrelada à tez e sem recursos.
Se entregue a apneia desnorteada.
Oculte-se nos quentes ósculos,
Dê a língua úmida e avermelhada,
Aos meus tantos desejos intrusos.
Que cumprem o anseio de invadir.
Fazendo o anátema lânguido cair,
Na raiz do momento e em ocasião.
E então se tudo não mais existir,
Ficará o sinal para o amor sorrir,
O segundo após a final explosão.
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