quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Distanciamento

A distancia começa a tocar o silêncio,
os pensamentos estremecem no vazio,
do pó ao pó, da vida sem vida.


Hoje estou especialmente triste,
os gritos de sim já não existem,
é como chuva que esfria o corpo do calor.


As palavras parecem ter razão apenas pra um,
o sentimento fica parado no meio,
nada toca o peito da maneira como antes.


Deixo a alegria na porta do abraço,
o corpo quase sem perceber fica frio,
a distancia substitui o beijo de amor.


Revivo lágrimas de antes, de outras,
o rosto parece mudar no meio do recado,
o tempo volta na boca de um novo personagem.


Não grito, jamais irei pedir, implorar, nunca,
revelo-me impotente no amor que dou,
não sou sua prioridade, somente uma espera.


Estou me sentindo frio dentro d'alma,
a noite não está gelada,
eu e minhas memórias que fazem o fim.


Não sei o que dizer, não desta vez,
não tenho o que chorar, espero outra chance,
fico parado dentro do meu amor recolhido.

2 comentários:

Anónimo disse...

Adorei o poema...
E na verdade por vezes sinto-me da mesma forma..carente..e com um vazio enorme!:(
Tens Aqui o meu blog, se também quizeres dar uma vista de olhos...
http://deiazinha.bloguepessoal.com/

Anónimo disse...

Não sei o que dizer, não desta vez,
não tenho o que chorar, ..............................fico parado dentro do meu amor recolhido.

Muito bonito poeta1
E como se fosse eu... sem esperanca!