terça-feira, 18 de novembro de 2008

Chuva na noite

Chove lá fora e aqui a noite é quente

É um convite a caminhar e ver a lua

Mas como satisfazer esse desejo ardente

Se nem ao menos posso sair e ver a rua?



Os pingos caem fortemente na vidraça

Como que desafiando o meu desejo

Olho o céu e parece uma pirraça

Que ele faz com o sonho que almejo



As estrelas desapareceram na altura

A lua também não quis dar o ar da graça

Restou somente a noite quente e escura

Que se mostrava no céu como brumaça.



A chuva continua caindo lentamente

E eu aqui dentro num desejo louco

De sair, andar, mesmo vagarosamente

E apreciar a lua nem que fosse um pouco

1 comentário:

Anónimo disse...

Por que não coloca todas as poesias da autora? São maravilhosas, ternas, meigas.
Parabéns pelo seu blog.
Poeta da Madrugada