Guardo em meus olhos os traços
Eu ainda os relembro em silêncio
O rosto serena uma doce saudade
O beijo de amor, os lábios no cio.
Parto minha alma, divido pedaços
Os suspiros são cravados no peito
E a saudade insiste em doer tanto!
A ausência do corpo, teus abraços.
Talvez o tempo seja chegado tarde
E esse castelo de luz que me asilou
Quis tantas quimeras por ti e ousou
Se arriscar as asas leves dessa ilusão.
A vida imaginada, nossos segredos
Fecho meus olhos e relembro todos
Mas a saudade vive e renasce o vão
E insiste em tirar meus pés do chão.
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