segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Guardado nos Olhos

Guardo em meus olhos os traços

Eu ainda os relembro em silêncio

O rosto serena uma doce saudade

O beijo de amor, os lábios no cio.



Parto minha alma, divido pedaços

Os suspiros são cravados no peito

E a saudade insiste em doer tanto!

A ausência do corpo, teus abraços.



Talvez o tempo seja chegado tarde

E esse castelo de luz que me asilou

Quis tantas quimeras por ti e ousou

Se arriscar as asas leves dessa ilusão.



A vida imaginada, nossos segredos

Fecho meus olhos e relembro todos

Mas a saudade vive e renasce o vão

E insiste em tirar meus pés do chão.

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