Ah, esse meu espelho às vezes me espanta
Não! Não é com minha feiúra não,
Até que não sou de se jogar fora,
Mas porque cada vez mais
Descubro que não sou um outro,
Sou apenas eu mesmo,
Autentico,
Moleque traquina,
Irreverente,
Arquiteto de minhas idéias e pensamentos,
Porém, um cara bem maleável...
Quando bato de frente com meu espelho,
Acho estranho
Que em meu imaginário,
Vai brotando imagens mais estranhas ainda
E com elas debato o tudo que acho de direito
Debater...
Nesse meio ou inteiro tempo
Vou lendo meus escritos,
Ensaiando o que apresentarei em praça pública
Nos protestos de meu dia-a-dia.
Minha mãe se espanta,
Diz não acreditar no que esta vendo.
Minha irmã me aconselha um hospício.
Meu irmão que antes,
Perguntava de onde eu tirava
As loucuras que pedia que ele escrevesse pra mim
Enquanto ditava,
Me apóia.
É verdade,
Meu irmão me apóia,
Mas só não tem coragem
De plantar comigo em praça pública...
É assim que a coisa funciona.
Mesmo com certo receio de ganhar porradas
Não me detenho e nem me encolho diante fatos
Que balançam a moral
E o moral de minha nação.
Se todos assim o fizessem
Acredito que as fardas
Iria pensar antes
De baixar o cacete em nossas carcaças...
Minha patota é boa,
Nunca em momento algum corremos do pau.
Quando a coisa pesa
Nos postamos de pé
Mesmo sangrando em alma
Cantamos o Hino Nacional Brasileiro
Mostrando a eles,
Abacates do governo,
Que eles são iguais a nós sendo,
Que eles são paus-mandados
E nós não,
Nós somos brasileiros
Que em meio a nossos protestos
Esperamos por um Brasil melhor,
Um Brasil de igualdade,
Um Brasil verdadeiramente brasileiro...
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