quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Meu Oceano de amor

Na beleza desse oceano aberto,

minha alma comunga a Deus.

Afloram-me sentimentos de carinho e afeto,

sempre me acompanhando, como um ser

único e predileto, fitando esse imenso universo.

Nasce então a minha poesia singela,

primeira inspiração, admirando esse lindo pôr-do-sol.

Em versos, outra vez, eu penso na luz

cintilante do sol que me aquece.

Despertam lembranças que estavam arquivadas

em um passado distante, mas de tão

valiosas e não correspondidas,

manifestam-se e fulgem como um diamante.

Meu olhar sonhador, lentamente fito o mar,

admirando as gaivotas que dominam o céu.

São relíquias azuis, lindas e tão fascinantes,

como canções em notas graves, que tocam e nos fascinam,

com suas melodias harmoniosas, que enlevam de tão tocantes.

No encanto dessa melodia, olho para o oceano imenso,

ameaçador, e admiro o pescador nele perdido.

Imagino o que ele está rogando a Deus, seu soberano,

e certamente será atendido, pois na solidão sempre escondido,

mais suave então, se torna o seu calvário,

pois os peixes surgem, subitamente de montão.

Na frescura desse lindo entardecer, aparece um cenário;

Jesus caminhando sobre as águas, de braços abertos sobre as ondas.

Vejo chuva de gotas reluzentes, entre o céu e o mar,

escuto a música do vento, que suavemente sopra e

penetra em meus ouvidos, aí eu pressinto que chegou a hora de amar.

Naquele momento, sinto-me flutuando

sobre as águas, no reflexo daquele lindo pôr-do-sol.

Deslizo sobre elas, o vento alargando minhas vestes,

com sua força, me deixa nua flutuando.

Abrem-se os mares no encanto do infinito, olho para o céu e sinto

toda a sua grandeza, e suas badaladas que penetram

de minha alma o recinto...

Ele o meu Senhor, tem o poder de ser meu fiel domador,

pois tem claramente a força profunda,

do meu imenso amor.

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