Na beleza desse oceano aberto,
minha alma comunga a Deus.
Afloram-me sentimentos de carinho e afeto,
sempre me acompanhando, como um ser
único e predileto, fitando esse imenso universo.
Nasce então a minha poesia singela,
primeira inspiração, admirando esse lindo pôr-do-sol.
Em versos, outra vez, eu penso na luz
cintilante do sol que me aquece.
Despertam lembranças que estavam arquivadas
em um passado distante, mas de tão
valiosas e não correspondidas,
manifestam-se e fulgem como um diamante.
Meu olhar sonhador, lentamente fito o mar,
admirando as gaivotas que dominam o céu.
São relíquias azuis, lindas e tão fascinantes,
como canções em notas graves, que tocam e nos fascinam,
com suas melodias harmoniosas, que enlevam de tão tocantes.
No encanto dessa melodia, olho para o oceano imenso,
ameaçador, e admiro o pescador nele perdido.
Imagino o que ele está rogando a Deus, seu soberano,
e certamente será atendido, pois na solidão sempre escondido,
mais suave então, se torna o seu calvário,
pois os peixes surgem, subitamente de montão.
Na frescura desse lindo entardecer, aparece um cenário;
Jesus caminhando sobre as águas, de braços abertos sobre as ondas.
Vejo chuva de gotas reluzentes, entre o céu e o mar,
escuto a música do vento, que suavemente sopra e
penetra em meus ouvidos, aí eu pressinto que chegou a hora de amar.
Naquele momento, sinto-me flutuando
sobre as águas, no reflexo daquele lindo pôr-do-sol.
Deslizo sobre elas, o vento alargando minhas vestes,
com sua força, me deixa nua flutuando.
Abrem-se os mares no encanto do infinito, olho para o céu e sinto
toda a sua grandeza, e suas badaladas que penetram
de minha alma o recinto...
Ele o meu Senhor, tem o poder de ser meu fiel domador,
pois tem claramente a força profunda,
do meu imenso amor.
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