quarta-feira, 10 de outubro de 2007

CRIANÇAS COMPUTORIZADAS

Às vezes queria um pouco de sossego
Para entender as pessoas, suas nuances
Mas não há nada aqui por teu segredo,
Que faz com que de longe as alcances.

Vive-se num mundo frio e desgarrado,
Onde ninguém porém conhece ninguém
É um mundo de ofertas, desconcertado,
Em que, por tua força, tentas ser alguém.

Bicicletas paradas, em jardins de aço…
Crianças computorizadas, de celular…
Onde, aqui, que não vejo, a força do braço?

Que o homem se erga, de uma só vez,
Que nos traga pergaminhos com que pensar,
Quando se exigir que lhes mostremos a tez.

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