Dance no sortilégio da imaginação.
Para que todo teu conteúdo vibre,
E absorva assim a essência do desejo.
A febre que ferve a verve ardente.
A coisa que lhe absorve inclemente,
No etéreo abraço pálido da dor.
Que há de te ferir a forma leniente,
Na circunstância de um grande amor.
Porque amar é sobreviver ao tempo.
Esquivar-se de toda inconsistência,
Antecipar-se a todo dúbio momento,
Ser verdade mesmo sem todo alento.
Pois o vento insufla, e palavras dizem,
O coração? Só sente a mão da vertigem.
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