terça-feira, 28 de agosto de 2007

Vertigem.

Dance no sortilégio da imaginação.

Para que todo teu conteúdo vibre,

E absorva assim a essência do desejo.

A febre que ferve a verve ardente.



A coisa que lhe absorve inclemente,

No etéreo abraço pálido da dor.

Que há de te ferir a forma leniente,

Na circunstância de um grande amor.



Porque amar é sobreviver ao tempo.

Esquivar-se de toda inconsistência,

Antecipar-se a todo dúbio momento,

Ser verdade mesmo sem todo alento.



Pois o vento insufla, e palavras dizem,

O coração? Só sente a mão da vertigem.

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