Meu pranto molha os momentos
Em que rastejo na minha insanidade,
Cínica estrada de hábitos e sentimentos
Alvíssaras de desejos. Vida até a eternidade.
Minhas lágrimas aplaudem com encanto
Os emaranhados de sonhos dentro dos dias.
Vidas íntimas dos enredos de meu acalanto,
Neste mundo de fantasmas, vícios e vidas.
Esculpo com as lágrimas meus segredos,
Escondendo-me na máscara profana a chorar
Nas mãos que erguem o brilho dos medos.
Prantos tão ridículos que almejam apenas sonhar.
A água escorre de meus olhos em dores,
Sulcando a vida, encobrindo com longo véu
As rugas marcadas na face de tantas cores,
Fantasiando e escondendo as estrelas no céu.
Meus olhos tornam-se opacos na demência
Do passado e presente. Vida tão desolada!
Esculturas enferrujadas desde a sua essência,
Lágrimas que choro para contrariar o nada!
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