quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

UNS VERSOS

Não devias rasgar teus versos
que matariam minha sede
minha alma dorme na rede
trançada em versos diversos.

Talvez eles me contassem
tudo que eu mais quis saber
dos teus versos, do teu ser
talvez de nada falassem.

Que fosses o bardo agora
poeta sobrevivente
falando de amor contente
eunuco é coisa de outrora.

Sendo arauto, que só de paz
viessem tuas boas novas
que o mundo, da guerra prova
e não a quer contumaz.

Não és o sol dessa noite
que a minha noite é de lua
junta rimas, minha e tua
que para o tempo é açoite.

Nos meus cabelos molhados
pousa a coragem perdida
nos fios de prata da vida
de tudo que foi sonhado.

E morre o sonho chorando
na noite da nossa história
debruçado sobre as horas
do dia que vem chegando.

Se chegar a amanhecer
não rasgues mais tuas rimas
elas são doces meninas
dos olhos que hei de ver!

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