sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Sonhos

Os sonhos são arroubos da minh’alma!
O peso de sonhar, é bem que acalma.
Alguns, eu sei... (Deus!) como são cruéis!
Nascendo nos são sempre bons amigos
Ninguém há de prever os seus perigos,
Sem desejar, nos levam aos bordéis.

A socorrer a dor de tantas chagas,
Vemos que conseguimos meras pragas,
E o que foi bom então já não é mais...
O sonho em pesadelo se tornou.
Sente-se então o pranto que jorrou,
Que até se pensa não sonhar jamais!

Mas não sonhar iguala-se a morrer.
Então vamos sonhando sem querer.
Juntando os cacos do sonho passado,
Porque o futuro vai ser quase igual,
E apesar disso jamais é banal,
Parece que acabou de ser gerado.

São andrajos dum pobre menininho,
Que quase sempre é estranho no ninho,
Ao qual, todos chamamos: Pensamento!
Que nunca é castigo nem tormento,
Mas é melhor andar sempre sozinho.

Nos sonhos, sempre e muito investi.
Mas quando penso que ganhei, perdi.
E dá trabalho começar do zero,
Tecer todas as fibras de outro sonho,
Que não pareça ao mundo tão bisonho,
É como procurar o que eu não quero...

E encontrar bem antes do esperado!
Sem que o terreno esteja preparado.
Não compra o morto quem não tem canastra!
Viver é um jogo tri delicioso!
Para ser bom, sonhar é precioso,
Mesmo que sempre me falte uma carta!

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