segunda-feira, 10 de março de 2008

Do que sabes

Do que sabes
deste teu amor feito vento,
nem para onde foi o carinho dobrado,
deixei a casa trancada e re-trancada,
como meu coração inválido fui indo,
parti em qualquer direção,
tentei muito e morri todos os dias,
chorei por ti e por todo o amor de mim furtado.


Do que sabes
do sonho com amor pelas bordas
com nudez de quarto escuro,
preciso outra vez virar a esquina,
deixar a curva da vida para trás,
viverei como se eu existisse para alguém,
que vigie o meu corpo e cuide de minha alma.


Do que sabes...
Não é apenas o olhar, o gesto, o sexo,
foram milhares de toques sem tato,
sentimentos que me balançam à beira do abismo,
de quando em quando acordo e não me vejo,
enxergo na meia luz um corpo nu ao lado,
somos pessoas sem roupa que emudecem os sentimentos.


Do que sabes...
Careço de colocar vida na cama, no coração,
vou correr por dentro de minhas veias, esvaziar tudo,
chega da respiração ofegante das baladas noturnas,
quero desenhar corpos em meu coração
e não mais em lençóis de algodão cru.


Do que sabes...
Invente amor em mim, abuse de me fazer feliz,
venha ser o contorno da paixão de meus dias,
não faça silêncio ao entrar em minha vida, grite amor,
quero beijar olhos sem lágrimas, lábios sem batom,
não escreverei mais este triste talvez , parei aqui,
apaguei outras, todas, comece agora o amor de amar.

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