Hoje levo comigo
o ligeiro ardor que me produz o verde de teus olhos
no labirinto de minha mente.
Não é nada de mal: sempre se entremeia com o
salitre do ar marinho
e com essa impertinente lágrima.
que a cada manhã cai nas rugas qeu começam a aparecer em meu rosto
É que percebo em teu olhar, ainda qeu seja por alguns instantes
A evoco quando se apartas de mim tuas pupilas para leva-las a voar sobre as ondas do mar,
com alguma gaivota que sutilmente roça a espuma da praia.
Na realidade, estranho tudo de ti.
Não posso viver sem que não estejas.
e,
sem duvida , o faço.
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(Por mais que o tente não lograr falar de ti em remotos verbos que evocam pretéritos!)
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Não sei como, mas inventei este remédio de existencia junto a praia
e curiosamente até se torna suportável.
É como uma borbulha de abulia amortecendo o pesar.
E aqui me tens: caminhando pela praia.
com uma taça e uma garrafa, esperando que caia a noite e brindar...
Simplesmente para cumprir o rito que te impus
esta manhã quando falei contigo por teu aniversário
e te pedi,
como ultimo tributo a nosso amor:
"brinda por mim,
Querida, brinda por mim"
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As ondas estão cada vez mais cinzas.
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