sábado, 29 de março de 2008

BRINDA POR MIM

Hoje levo comigo

o ligeiro ardor que me produz o verde de teus olhos

no labirinto de minha mente.

Não é nada de mal: sempre se entremeia com o

salitre do ar marinho

e com essa impertinente lágrima.

que a cada manhã cai nas rugas qeu começam a aparecer em meu rosto

É que percebo em teu olhar, ainda qeu seja por alguns instantes

A evoco quando se apartas de mim tuas pupilas para leva-las a voar sobre as ondas do mar,

com alguma gaivota que sutilmente roça a espuma da praia.

Na realidade, estranho tudo de ti.

Não posso viver sem que não estejas.

e,

sem duvida , o faço.

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(Por mais que o tente não lograr falar de ti em remotos verbos que evocam pretéritos!)

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Não sei como, mas inventei este remédio de existencia junto a praia

e curiosamente até se torna suportável.

É como uma borbulha de abulia amortecendo o pesar.

E aqui me tens: caminhando pela praia.

com uma taça e uma garrafa, esperando que caia a noite e brindar...

Simplesmente para cumprir o rito que te impus

esta manhã quando falei contigo por teu aniversário

e te pedi,

como ultimo tributo a nosso amor:

"brinda por mim,

Querida, brinda por mim"

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As ondas estão cada vez mais cinzas.

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