Era assim um vasilhame em desuso,
na composição da mesa semi nua,
vestida miserada de uma toalha esfarrapada,
maltratada pelo uso.
Uma flor nativa,
coroava-se rainha absoluta e
mesmo ferida trazia vida
banhando-se no lume das frestas de
tábuas ralas da parede da sala.
Um perfume tragado pela brisa,
exalando outra liberdade,
morosidade do dia apresentava a
jovialidade da primavera.
As horas se embalam sonolentas,
tarde lenta na hipnose de um prazer vital.
No tímido cantar de um pássaro
saudando-me,
saltitando em fina ramagem de arbusto.
Desperto e busco, movimento limitado
para desmontar a triste face,
no enlace do silêncio.
Em sonho alado ,
projeto-me rumo aos campos,
encantos em éden da paz que me ativa,
Espere por mim...
Inquieto quero fugir!
Confessou-me certa vez um coração ,
que se faz infinita beleza
quando os lábios carregam um sorriso.
E anjos existem,pode me afirmar!
Colorem flores,
cantam canções de ninar
para aliviar a dor.
Vou buscar sensibilidade ,
comungar bons ideais.
Alma florida na eternidade da imaginação.
O enxugar do pranto no afago das
mãos de Deus!
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