sexta-feira, 28 de março de 2008

Saudade...

Saudade de algo bonito... Tão especial...
Mas minhas mãos não podem alcançar...
São como planetas, estrelas longínquas.
Astros, zéfiros que povoam o meu sonhar...

Saudade que bate e flagela meu corpo,
Murmura ocamente em meu coração.
É como um dique vazando furioso...
Arrancando as flores num arrastão!...

Saudade que aniquila sem piedade,
Sem uma esperança... Sem uma luz...
Saudade tirana a ceifar esperanças.
Ter saudade é carregar pesada cruz!

Saudade que nada traz ou leva...
Apenas conta histórias tão lindas...
De tantas chegadas e partidas...
De coisas tão formosas vividas!

Saudade que grita... Geme em mim...
Canta mil canções... Traz perfumes...
Desvenda segredos, conta verdades.
Tantas ausências apagam-me o lume!

Saudade, saudade profunda...
Como marca toda uma vida!...
Para ela... Não existe volta...
Só a lágrima descendo doída!

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