segunda-feira, 31 de março de 2008

Insensível!

O verde olhar que me desveste inteira,

derrama chamas que me ferem ´alma

E tu te tornas meu algoz, na calma.

Destilas ódio, ó fera rasteira!



O dia quente, que derrete sonhos,

me diz de ti, pobre mortal soberbo,

o que tu tentas, por demais acerbo:

ferir a mim (cruel cilada), suponho...



A noite chora em esgar profundo

e pingos molham meu olhar opaco,

ensopam vestes, meu canto no mundo.



Mas tu não vês, pois te acovardas mudo

e não percebes do sofrer, um naco

E só! Tu queres meu corpo desnudo.

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