O verde olhar que me desveste inteira,
derrama chamas que me ferem ´alma
E tu te tornas meu algoz, na calma.
Destilas ódio, ó fera rasteira!
O dia quente, que derrete sonhos,
me diz de ti, pobre mortal soberbo,
o que tu tentas, por demais acerbo:
ferir a mim (cruel cilada), suponho...
A noite chora em esgar profundo
e pingos molham meu olhar opaco,
ensopam vestes, meu canto no mundo.
Mas tu não vês, pois te acovardas mudo
e não percebes do sofrer, um naco
E só! Tu queres meu corpo desnudo.
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