Teus olhos são luminárias,
Clareando a noite escura,
Onde versejo a ventura,
Ora de amor...
Ora de amor e amargura.
Tuas mãos são as aves mansas,
Que planam pelo meu céu,
Num verso que é seu troféu,
Vôo sutil...
Mas do sutil é infiel.
Teu sonho é ventania,
Que costuma aqui pousar,
Minhas cismas afagar,
Mudando até...
Até o meu jeito de amar!
Teu pensamento é um intruso,
Do tipo que eu mais preciso,
Que mesmo sendo conciso,
Sempre me chega...
Chega em tristeza ou riso.
Tua dor, ainda não sei...
A minha, é a grande ausência,
Do destino, displicência,
Porque ignora...
Ignora a extrema urgência.
Teu coração é meu ninho!
Misto de jovem brejeiro
Com esse velho guerreiro,
Que bem me faz...
Faz feliz o tempo inteiro!
Tua alma, meu doce amor...
De águas mansas, é meu lago,
Taça que sorvo de um trago,
O fino vinho...
Vinho do qual me embriago!
E ao passarmos pelo tempo...
O tempo eu vou desvendando,
Sem que esteja preocupando,
O que me importa...
Me importa é seguir te amando!
Sem comentários:
Enviar um comentário