segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

SOTURNO

Sinto uma saudade que me penaliza!
É quando a insônia meu ser arrebata,
E um fio de nostalgia me sensibiliza,
Soando pelo ar como cega chibata.

Meu desespero é sofrimento sem eco,
Nada responde, tudo parece transmutar,
E este trágico silêncio, um reles meco,
Conduz-me para um labirinto singular.

E neste torpor, vago dementada e só,
Vultos passam céleres e vagos por mim,
Meus olhos procuram por algo definido.


Nesta ilusão amarga dos sentidos, sem dó,
Contínuo vagando esperando benigno fim,
Mas sei, meu ser nunca encontrara olvido.

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